Dinheiro de Lussaty não pode ter saído da Casa Militar, diz testemunha em tribunal


Advogado afirma que o Major Lussaty poderá ser libertado

LUANDA —
Luís Simão Ernesto, antigo secretário-geral da Casa Militar do presidente angolano disse em tribunal não ser possível que os milhões de dólares encontrados na posse do Major Pedro Lussaty tivessem sa?

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A declaraçãoi recebida como uma vitória pelo advogado de Lussaty, Francisco Muteka, que afirmou que o seu cliente poderá ser libertado.

“Este processo ainda tem muito que se lhe diga e não se surpreendam se o major Pedro Lussaty vier a ser absolvido”, disse o advogado para quem a testemunha tinha explicado “muito bem perante o juíz” o que se tinha passado.

Em conversa com A VOA, Francisco Muteka, disse também que um dos membros da defesa pediu, esta segunda-feira, 26, para retirada da lista das testemunhas os general Higino Carneiro e Eusébio de Brito Teixeira, que esperam pela decisão do juiz da Causa.

Em anteriores audiências testemunhas relataram como fundos destinados a batalhões militares eram usados também para tentar subornar militantes da UNITA.

O Coronel Manuel Correia da ex-Casa de Segurança disse ao tribunal existirem batalhões “fantasma” do exército no Kuando Kubango cujos pagamentos eram feitos com dinheiro transportado em malas.

Isso era controlado pelos generais Eusébio de Brito Teixeira e António Mateus Júnior de Carvalho "Dylangue", sob conhecimento do geral Manuel Hélder Vieira Dias Júnior "Kopelipa".

Nas folhas de salários estavam incluídos salários de funcionários públicos daquela província e familiares de funcionários da brigada de desminagem.

As malas de dinheiro que sobravam, do pagamento em mão dos militares e funcionários da brigada de desminagem, regressava a Luanda e eram entregues aos generais e outros militares a mando superior.

Esta foi a segunda vez que o nome do general “Kopelipa”aparece associado ao escândalo.

Anteriormente ao detalhar o uso de fundos retirados do BCP para o MPLA o Coronel Hengombe tinha afirmado que isso era feito sob orientação dos generais "Hélder Vieira Dias “Kopelipa”, Cerqueira João Lourenço e do então secretário geral da Casa de Segurança do Presidente da República", de quem recebia orientações directas.

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