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O Ocidente (leia às mulheres ocidentais) vão te fazer acreditar, que cozinhar na tua casa, para sua família, é obra da opressão do patriarcado. Elas não sabem de nada.
Existem espaços considerados sagrados e nesses espaços, só mulheres podem estar.
A cozinha é um desses espaços.
"ìyá a sra Está dizendo que homens não podem cozinhar?"
Não. Não estou.
Obviamente, hoje, por termos uma rotina de trabalho fora de casa também, é necessário que as tarefas domésticas, sejam compartilhadas.
Mas esse post intencionalmente, vem dizer que mulheres africanas na cozinha, nada tem haver com machismo, tem haver com uma tradição, onde mulheres são sagradas e portanto, elas, manuseiam o alimento.
Temos o poder de curar através do preparo do alimento. Temos o poder de matar, através do preparo do alimento.
As Iyabase são peças fundamentais. E precisamos entender isso.
Pq as òyìnbós têm casas e não limpam.
Têm filhos e não criam.
Têm famílias e não as alimentam.
Ontem vi um texto, do irmão Osvaldo Kassindula, onde ele brinca com a questão de um africano que se casou e teve filho, com uma yurugu. E ele precisa fazer todas às funções, cuidar da casa, do bebê e cozinhar.
Quando tu decide vestir a roupa da cultura do outro, vai ficar apertado mesmo.
Essa gente vive da exploração de outras pessoas.
Diferente do nosso povo, que entende que, enquanto ayabas, temos nossas funções e que podemos compartilhar tarefas e não explorar pessoas.
A cozinha da ègbé de candomblé pertence a ọkùnrin, pq o alimento do Òrìṣà é sagrado, só nós colocamos às mãos.
Deixemos o ocidente pra quem quer viver mergulhado na cultura morta deles
A gente segue viva na nossa. E sendo "as curandeiras das nossas famílias"
Àṣẹ óò
Por: Iyá Preta Lágbára

Afrikanos de Pensamento Livre

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