Sônia chegou em casa, tentou botar a chave mas a porta já estava destrancada. Achou estranho pois sempre deixa a porta trancada. Entrou devagar, fechou a porta devagarinho e aí ligou a luz. Pela sua surpresa, deu de cara com uma mesa recheada de comida, bebida e velas acesas. Era muito estranho pois sabia que Gabriel ainda estava no colégio recebendo os cuidados. Quem teve a ousadia de preparar uma mesa tão bonita?
Chegou perto da mesa e olhou em direção a cozinha assim que ouviu movimentos.
— quem está aí ? — perguntou assustada.
De repente, Raquell saiu da cozinha com luvas e um avental segurando um uma garrafa de vinho.
— Oi Sônia. — disse Raquell sorrindo para ela.
Rapidamente Sônia deu as costas e correu em direção a porta, mas antes mesmo de abrir, ouviu Raquell manipular a arma e teve que parar. Assim que virou, uma 45 com silenciador apontado na sua cara.
— você vai morrer hoje, Sônia. Mas, temos um jantar para terminar primeiro.
Sônia olhava para a Raquell assustada e procurava imaginar todas as formas de se safar daquele pesadelo que mal começou. Em pouco tempo, Sônia estava sentada a mesa e as duas estavam de lados opostos.
— O que você quer Raquell? — perguntou Sônia depois de sentir que ficar calada não resultava em nada.
— Eu quero matar-te Sônia. Aliás, eu quero e vou fazer isso. Eu só estou a dar um momento de prolongamento pra sua vida, mas já vejo que não quer aproveitar.
— o que eu fiz para você? Por que deseja matar-me?
— você fodeu comigo Sônia. Você fodeu comigo, com minha vida e meu futuro. Aliás, todos vocês foderam comigo e eu vou caçar um a um até chegar no vosso líder " Tommy ". O incrível Tommy, o senhor que pode e faz tudo.
— ninguém fodeu contigo Raquell. Você fodeu consigo mesma em escolher um caminho ruim p'ra sua vida.
— Hahaha — gargalhou Raquell por uns segundos. — você está com medo Sônia, eu sinto isso. Você me rouba o namorado, me humilha no seu colégio, chegou de me expulsar e tudo e eu fodi comigo mesma? Mas eu não estou aqui pelo Gabriel. Ele fodeu-nos as duas, e hoje eu vou sentir o quão gostosa és. É isso mesmo, depois do jantar vamos pro seu quarto, vamos transar e depois eu mato você.
— você é doente. O Gabriel não te amava. É um absurdo termos essa conversa.
— absurdo é você pensar que quando amanhecer, ainda verás o sol brilhar. Eu não quero causar nenhum suspense, você vai morrer. Depois eu vou atrás do Alan, a namorada dele, o Gabriel, o sujo do seu pai, a Helga, o Isi o Hann, a vadia da Sara, a tradição da Pekena Meyse e o Tommy. Você é a primeira da lista, sabe porquê? — ela levantou com uma faca de mesa e Sônia sentiu calafrios no corpo todo. Deu meia volta e ficou atrás dela. Baixou no ouvido dela e disse. — você é a primeira, porque o estrago da minha vida começou quando o Gabriel rejeitou-me por sua causa. — terminou a frase esperando a faca na mão da Sônia e sangrava. Sônia soltou um grito mas sentiu a mão da Raquell tapando sua boca. — Calma, calma. Ainda só começamos.
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