Andando SOBRE nuvens
Cada dia acabado é de certa forma um campo de batalhas onde há vencidos e vencedores. E sobre este olhar, pinto o quadro cinzento da pátria que me pariu sem o meu consentimento. Nem queria saber a minha vontade e agora me obriga a andar sobre as nuvens. Ultimamente, a terra da minha pátria tem sido o lugar de lutas constantes, onde ouve-se os sons de verbos utópicos e discursos políticos sem filosofia alguma nem pragmatismo. Vejo juízos mistos com aguardentes e o resultado é um povo embebido de incongruências e de consciência assaltada com verbos inoperantes. Uns gazelas outros aves bípedes cujo vôo é inconstante. Gazelas sem velocidade, também insistem em participar da corrida duma geração mais avançada. O resultado é sempre catastrófico, porque elas ficam doentes durante quatro anos e só treinam no quinto. E as aves então? Estas submergem em leis dos que estão doentes. Como não querer ficar sobre as nuvens, se a terra é agora o palco de ironias e sarcasmos? A pátria que me pariu sem o meu consentimento, tem o vírus da ignorância e intolerância massiva. Tenho por certo que a terra é um lugar dos vivos mais mortos que nada sabem dos seus estados. Andando sobre as nuvens, é o que fazem aqueles que querem, mas não podem entender o espectáculo sobre a terra-pátria. Se as gazelas dessem pulos sobre a ignorância, já teríamos a paz com verdade e terminada. Aqui os blocos da empreitada da paz são deslocados sempre que as gazelas querem dar o tal salto da victoria.
#grandesoba